BiologiaEconomiaSaúde

Pastel (Isatis praecox)

Crucífera anual glauca, com as fôlhas interiores pecioladas oblongas, as superiores sésseis sagitadas; flores amarelas pequenas, reunidas em corimbo; silículas pendentes, indistintamente aladas. Das fôlhas desta planta extrai-se um principio corante azul, susceptivel de substituir o índigo e que foi muito utilizado outrora pelos tintureiros madeirenses. A Madeira exportava antigamente algum pastel para Portugal, como se vê dumas notas que João Gonçalves Zargo recebeu do infante D. Henrique, em que este dizia: «seja-vos em lembramento de mandardes o pastel que se correja, e dizei a João Affonso que mande algum se está corregido.. Correger o pastel era provavelmente secá-lo simplesmente ao sol, ou então esmagar as suas fôlhas deixar a massa assim obtida perder a agua e reduzir a mesma massa a bolas, depois de a haver deixado sofrer durante 8 a 12 dias um começo de fermentação. O pastel não é só útil á tinturaria; é também forragem apreciada pelo gado vacum e lanigero. Em Camara de Lôbos utilizam o seu suco no tratamento de borbulhas e outras afecções na pele.

Pessoas mencionadas neste artigo

João Gonçalves Zargo
Recebeu notas do infante D. Henrique