História

Queima de Documentos Constitucionais

Tendo requerido o juiz do povo á Câmara Municipal do Funchal, em 29 de Setembro de 1833, que fizesse recolher e queimar publicamente «como actos indignos e vergonhosos dum povo fiel» todos os documentos e ordens emanados do Governo Constitucional, foi essa petição deferida pela mesma Câmara, realizando-se a cerimónia da queima no dia 4 de Outubro do dito ano, pelas 4 horas da tarde, no largo da Sé, na presença de muito povo e dos corpos militares de I.ª e 2.ª linha. Os documentos queimados, segundo diz o Pregador Imparcial, foram «as actas das eleições e todos os demais autógrafos e procurações dos deputados substitutos», levantando o juiz de fora alguns vivas a D. João VI, rei absoluto, depois de terminada a cerimónia, os quais foram calorosamente acompanhados pelo povo.

Pessoas mencionadas neste artigo

D. João VI
Rei absoluto

Anos mencionados neste artigo

1833
Realização da cerimónia da queima de documentos constitucionais

Localizações mencionadas neste artigo

Funchal
Cidade na Ilha da Madeira