Azevedo (Maximiliano Eugenio de)
Nasceu no Funchal a 16 de Fevereiro de 1850 e era filho de Antonio Pedro de Azevedo e de D. Teresa Rosa Bernes de Azevedo. Frequentou o liceu do Funchal e depois as Escolas Politeccnica e do Exército, terminando em 1875 o curso de artilharia. Serviu como segundo tenente em Santarém e depois nos Açores, voltando a Lisboa em 1881, donde não tornou a sair senão por ocasião das viagens que fez a diversos países estrangeiros em 1889, 1893 e 1900.
Foi redactor do Jornal da Noite de 1882 a 1884, tendo estado ali principalmente encarregado da secção de critica teatral, e colaborou na Discussão, Occidente, Jornal do Domingo, Atlantico, Diário Manhã, Revista de Sciencias Militares, Contemporâneo, Illustração de Portugal e Brazil, etc.. Coadjuvou Latino Coelho, durante mais de 10 anos, na preparação dos materiais para a Historia politica e militar de Portugal nos fins do seculo XVIII e princípios do seculo XIX e escreveu e traduziu muitas peças teatrais, cujos títulos foram assinalados no Diccionario Bibliographico de I. F. da Silva, continuado por Brito Aranha. Escreveu também Tiro das boccas de fogo (Lisboa, 1899) e Marchas e Estacionamentos (Lisboa, 1892), tendo colaborado nestes dois trabalhos o capitão Artur Perdigão, e dois livros de contos intitulados Historias das Ilhas (Lisboa 1899) e Em Campanha e no Quartel (Lisboa, 1900).
Maximiliano de Azevedo geriu nos fins da vida, como comissário régio, o Teatro Normal. Poucos podiam competir com ele em assuntos cenicos e em conhecimentos profundos sobre a nossa historia teatral-literaria e artística.
Faleceu numa casa de saúde em Lisboa, a 4 de Dezembro de 1911, sendo então coronel comandante da regimento de artilharia numero 1.
Maximiliano de Azevedo teve por padrinho o Príncipe Maximiliano, Duque de Leuchtenberg e Príncipe de Eichstaedt, que se achava na Madeira na ocasião em que ele foi baptizado.