Torreão
Ê assim chamado o pequeno largo e a ponte que com ele comunica, não sendo um nome conhecido na toponímica madeirense. No local em que agora se encontra a Ponte do Torreão, ou, porventura, na sua mais próxima vizinhança, existia uma ponte de madeira a entestar com o Caminho da Torrinha e por ela transitavam os numerosos romeiros que se dirigiam à capela, e desde 1565, igreja paroquial de Nossa Senhora do Monte. O actual Caminho do Monte somente foi aberto ao público, com o trajecto que agora conserva, nos princípios do século XDC. Diogo Forjaz Coutinho, que foi um dos mais ilustres governadores da Madeira, mandou ali construir uma nova e sólida ponte de alvenaria em arco, havendo-se colocado em um dos resguardos do respectivo tabuleiro uma curiosa e pitoresca inscrição lapidar, que se conserva no átrio do Museu Municipal e que vamos textualmente transcrever:
Pára, passageiro, pára. Quando vás subir ao Monte E admira de caminho O bem feito desta ponte Pello grande Forjas Coutinho Em o anno de 1787.
Foi posteriormente alargado, como o estava exigindo o actual movimento de transeuntes e transporte de carga nesse local. Nas suas imediações, fica a conhecida Fábrica do Torreão, o mais importante estabelecimento fabril existente entre nós e que tem sido sempre um grande elemento de prosperidade para a nossa indústria agrícola, a reflectir-se notavelmente em todos os aspectos da vida madeirense.