História

Moinhos

Entre os privilégios concedidos aos donatários deste arquipélago, contava-se o de somente poderem eles construir moinhos ou azenhas, concedendo, quando o entendiam, licença para outros o fazerem, mediante uma tributação especial. Este privilegio constituía uma das mais abundantes fontes dos rendimentos dos capitães-donatários, que eram avultadíssimos. No sitio ainda hoje chamado dos Moinhos e pela margem direita da ribeira de Santa Luzia possuíam um numero considerável de azenhas, que chegaram até nossos dias, muitas das quais os marqueses de Castelo Melhor, em época não muito afastada de nós, davam de arrendamento a diversas pessoas. 0 largo dos Moinhos ou do Marquês conserva estes nomes, por ali ter havido varias azenhas, que eram propriedade da casa Castelo Melhor, na qual foi encorporada a instituição vincular dos donatários do Funchal. Em carta ou instruções dirigidas pelo infante D. Henrique a João Gonçalves Zarco se diz: «... mandar a João Afonso que correja outra mó e se faça um moinho de agoa segundo o de Tomar». Afirma-se que foi no Caniço, fora do Funchal, o primeiro logar onde se construíu um moinho existindo ainda ali um sitio que tem o nome de Azenha.

Vid. Levadas.