Covos
Armadilhas destinadas à captura de peixes ou crustaceos na zona menos profunda do mar madeirense. Podem reduzir-se a quatro tipos principais as diferentes formas usadas actualmente: o covo de salmonetes, o de moreias, o de camarão e a mujona para peixe e lagostas. O primeiro é feito de cana de roca e tem forma poliédrica, sendo de uso introduzir-lhe fragmentos de louça branca e luzidia, que enganam e atraem o salmonete sem dificuldade. O segundo é cilindrico e construído com ripas de madeira, tendo aberturas nas duas bases, e apanha indistintamente as quatro especies de moreias do litoral madeirense. O de camarão, que se lança mais longe da costa que qualquer dos outros, é feito de junco e sensivelmente truncónico, tendo na base maior a abertura para a entrada dos crustaceos. Finalmente há a mujona, introdução feita no Pôrto Santo, sob aquele nome, por pescadores algarvios que em 1910 vieram estabelecer naquela ilha uma armação de atum. Serve este para peixes costeiros e lagostas, sendo construído de verga de ferro ou cana e afectando a forma de um meio esferóide.