Caldeira (João da Silveira)
Escassos dados possuímos para a biografia deste madeirense. Conjecturamos que tivesse nascido no terceiro quartel do século XVIII. Era medico, mas não sabemos em que escola ou faculdade obteve a sua formatura. Dedicou-se especialmente ao estudo da química, em que se notabilizou, tendo-se consagrado durante alguns anos no estrangeiro a trabalhos e investigações acerca desta ciência. Anos depois aparece-nos no Rio de Janeiro, como lente de química da Escola Militar desta cidade, e ali desempenhou também o cargo de provedor da Casa da Moeda. Em 1826 publicou a tradução anotada do Manual do ensaiador, de Vauquelin, e por 1843 foi impressa no Rio de Janeiro uma obra sua, que tinha o título de Nova nomenclatura portuguesa, latina e francesa, etc..
Na Memória Histórica da Faculdade de Philosophia da Universidade de Coimbra, por Joaquim Augusto Simões de Carvalho, encontramos a seu respeito o seguinte: “... chimico muito apreciado, que estudou em Inglaterra e França. É autor da memória sobre o ondeado metálico, publicada nos Annaes das Sciências e Artes, e de outros trabalhos realizados no laboratório chimico de Paris. Com a amizade deste chimico portuguez honravam-se muito Vauquelin e Laugier”.
Parece que se suicidou por 1828.
Sítio nas serras da freguesia de Sant’Ana, notável pelos majestosos panoramas que dele se disfrutam e pelo encantador pitoresco do local. Nos últimos anos foi melhorada a estrada que ali conduz, sendo frequentemente visitada na estação calmosa.