GeografiaHistória

Bugio

É uma das três Desertas e uma das cinco ilhas que compõem o arquipelago da Madeira. O seu nome deriva, diz o Dic. Univ. Port. II., da circunstancia de se parecer com o macaco a que se dá esse nome; tem de comprimento cinco milhas ou pouco mais de nove quilómetros por meia milha ou 926 metros na sua maior largura; termina ao sul pela Ponta da Agulha, que é um dos pontos extremos do arquipélago; é de rochas altas e quasi inacessível mas de bons pastos. O pico mais alto do Bugio está a 411 metros acima do nível do mar.

O Bugio é inculto, não tem águas nem casa alguma, e produz papoilas, trevina, marroios e outras hervas, algumas das quais são forraginosas. No alto da ilha e perto da extremidade sul, acham se algumas conchas fosseis, e nas rochas marítimas encontra se o rarissimo Chrysanthemum haematomma, composta peculiar, notável pelos seus lindos capítulos com as flores do disco purpureo negras e as marginais brancas ou rosadas.

Segundo se vê dos registos da Conservatória da Comarca do Funchal, o Bugio pertencia em 3 de Outubro de 1867 a João de Vasconcelos de Sousa Câmara Caminha Faro e Veiga, marquês de Castelo Melhor, tendo sido arrematado por morte deste, por Alexandre Fernandes Camacho Júnior. Hoje pertence a Carlos Cossart e Henrique Hinton, que o arremataram, juntamente com as outras duas Desertas, em 24 de Novembro de 1894, quando foram em praça os bens do dito Alexandre Camacho.

O Bugio pertence à freguesia da Sé e tem um pequeno porto natural a oeste, denominado a Alagoa.

Pessoas mencionadas neste artigo

Alexandre Fernandes Camacho Júnior
Arrematado por morte deste
João de Vasconcelos de Sousa Câmara Caminha Faro e Veiga
Marquês de Castelo Melhor

Anos mencionados neste artigo

1867
João de Vasconcelos de Sousa Câmara Caminha Faro e Veiga
1894
Carlos Cossart e Henrique Hinton