Silveira (José Marciano da)
Nasceu na freguesia da Camacha em 1826, tendo morrido no Funchal no dia 8 de Julho de 1887. Exerceu o professorado primário em Machico e á sua morte era amanuense da administração do concelho do Funchal. Redigiu durante muitos anos a Voz do Povo, em que a verrina e a diatribe eram por vezes os principais argumentos das suas polémicas e campanhas jornalísticas. Manejava com extrema facilidade o verso chocarreiro da gazetilha, ferindo e achincalhando por este meio os seus adversários e antagonistas. Nem poupou o próprio genro, o jornalista João Augusto de Ornelas, que Silveira quis ferir e vexar no Filho do Ferreiro, opúsculo de que se tem feito algumas edições, especialmente destinadas ás colónias madeirenses em Demerara, Trindade, etc.. É vasta a sua obra jornalística, mas os seus escritos são geralmente moldados na Tripa Virada e na Besta Esfolada, de José Agostinho de Macedo. Há composições poéticas suas nas Flores da Madeira.