Saboarias
Diz Frutuoso nas Saudades da Terra que D. Afonso V confirmou no ano de 1469 a doação que o infante D. Fernando fizera a Rui Gonçalves da Câmara das saboarias pretas de toda a ilha da Madeira, e consta do foral da cidade do Funchal e das vilas da Ponta do Sol e Calheta, que tem a data de 1515, que o sabão preto devia ser vendido a 10 reis o arrátel e o branco a 12 réis.
Na Madeira, como em Portugal, houve o contracto do sabão, mas, tendo o ultimo que se celebrou deixado de vigorar em 1 de Julho de 1858, ficou livre a todos desde então o fabrico e comércio desse produto. Foi a lei de 25 de Abril de 1857 que extinguiu o monopólio do sabão, que tantos vexames trouxe aos povos desta ilha.