Mota Freitas (Carlos Elói)
Nasceu nesta cidade a 1 de Dezembro de 1894, tendo concluído o curso da Escola Naval no ano de 1917. Fazia parte, como aspirante de marinha, da guarnição do caça-minas Augusto Castilho, que comboiava o vapor São Miguel, em viagem da Madeira para os Açores, quando o caça-minas foi traiçoeiramente atacado e metido a pique por um submarino alemão, no dia 14 de Outubro de 1918, morrendo, entre outros, o seu bravo comandante e o nosso patrício Mota Freitas. A heróica resistência do Augusto de Castilho pôs o vapor São Miguel ao abrigo da investida do submarino alemão, salvando-se o vapor português e todos os seus tripulantes e passageiros. Quem quiser ter um mais largo conhecimento dessa horrível tragédia, leia o interessante opúsculo 200 milhas a remos, escrito pelo tenente Luís José Simões, testemunha presencial de todos aqueles acontecimentos. Foi vitima sobrevivente do ataque do submarino alemão, o nosso patrício Samuel da Conceição Vieira, então aspirante de marinha. O governo concedeu ao aspirante Mota e Freitas a Cruz de Guerra de 1ª. classe, e a Câmara Municipal do Funchal, em sessão de 8 de Maio de 1919, resolveu dar o nome do mesmo aspirante à antiga travessa da Sacristia em Santa Maria Maior. Em Outubro de 1921, constituiu-se uma comissão que pretende levantar um modesto monumento ao aspirante Mota e Freitas, tendo sido expostas pela mesma ocasião na Santa Casa da Misericórdia, as insígnias da Cruz de Guerra, concedidas ao mesmo aspirante após a sua morte.