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Lignite

No Ribeiro do Meio, no vale de S. Jorge, a cerca de 300 metros acima do nível do mar, conhecem-se há muitos anos dois veios ou depósitos de lignite impura, estando esta lignite associada a diferentes camadas de tufo e argila, numa das quais foram encontradas em abundância folhas fósseis de Dicotiledonias e de Fetos. Como sôbre os depósitos assenta uma espessa camada de basalto e de escórias, com mais de 300 metros de alto, parece evidente que no local existiu uma vegetação terrestre abundante, muito anterior ás formações vulcanicas que o cobrem.

A natureza dos tufos que acompanham a lignite e alguns dos aglomerados próximos, autorizam, diz Lyell, a admitir que perto do local onde existem os depósitos houve outrora uma série de erupções, não sendo impossível, portanto, que a mesma lignite e as folhas se tivessem acumulado numa cratera, e que a erosão do vale as pusesse depois a descoberto.

Diz-se que a analise da lignite de S. Jorge acusou 60 por cento de carvão e 30 por cento de cinzas.

Esta lignite que durante largos anos estivera soterrada em virtude de desmoronamentos dos terrenos superiores foi novamente posta a descoberto em 1917. V. Jazigos de fôlhas e Fanerogâmicas.

Pessoas mencionadas neste artigo

Lyell
Autor

Anos mencionados neste artigo

1917
Redescoberta da lignite

Localizações mencionadas neste artigo

Ribeiro do Meio
Localizado no vale de S. Jorge, a cerca de 300 metros acima do nível do mar