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Inquisição

O Tribunal da Inquisição não existiu na Madeira, mas sabe-se que teve aqui familiares, estando registados os nomes dalguns deles nos livros da Câmara Municipal do Funchal ( V. Familiares do Santo Oficio ). Por provisão de 20 de Julho de 1612 foi encarregado o visitador Francisco Cardoso de Cernejo de vir a esta ilha, mas ignoramos se dessa diligência resultaria serem mergulhados nos cárceres do Santo Oficio, em Lisboa, ou entregues ás chamas, alguns filhos da Madeira. Recomendava-se na referida provisão aos oficiais da ilha que dessem todo o favor e ajuda precisos ao dito Cernejo, mandando mesmo despejar para sua residência, os melhores prédios que houvesse nas localidades que ele tivesse de visitar! Dos madeirenses perseguidos pela Inquisição, o mais conhecido é o poeta Francisco Alvares de Nobrega ( V. este nome ). Como Bocage, gemeu nos cárceres do Santo Oficio, e, ainda depois de morto, teve o quarto em que residia invadido pelos familiares daquele tribunal, que inutilizaram muitos dos seus escritos (V. Judeus ).

Pessoas mencionadas neste artigo

Francisco Alvares de Nobrega
Poeta perseguido pela Inquisição

Anos mencionados neste artigo

1612
Provisão de 20 de Julho