Almeida (Luiz Beltrão de Gouveia e)
Foi nomeado governador e capitão-general deste arquipélago a 13 de Fevereiro de 1813 e tomou posse do lugar a 10 de Agosto do mesmo ano. Teve lutas com o general Gordon, comandante das tropas britanicas que ocupavam a Madeira, que entre outras arbitrariedades cometeu a de mandar enforcar um soldado inglês que matara um sargento seu compatriota, ofendendo-se deste modo gravemente os direitos majestáticos do rei de Portugal. Empregou as maiores diligências para a retirada daquelas tropas e mostrou-se sempre zeloso na administração dos serviços públicos. Escreveu um extenso e notável relatório sôbre o desenvolvimento da agricultura madeirense, construção de estradas e outros indispensáveis melhoramentos públicos.
Morreu repentinamente no Funchal no dia 1 de Julho de 1814 e foi sepultado na Capela do Santissimo Sacramento da Sé Catedral.
Por sua morte e segundo as disposições legais em vigor assumiram o governo superior do arquipélago o bispo diocesano D. Fr. Joaquim de Menezes Ataíde, o corregedor da comarca Dr. Manuel C. de Almeida e Albuquerque e o oficial mais graduado Antonio Alberto de Andrade Perdigão.
O comandante das forças britanicas teve a pretensão de fazer parte deste governo, ao que se opuseram os outros membros, o que foi aprovado pelo governo central.