Datas Históricas
Vamos enumerar algumas das principais datas que interessam á historia da Madeira, apontando especialmente as que indicam os factos de maior importancia, ocorridos no largo periodo de cinco seculos. A primeira data a assinalar neste logar deve ser a do descobrimento do arquipelago
A que uns fixam o ano de 1419, com a descoberta do Pôrto Santo, e outros o ano seguinte; e, conforme as duas opiniões, a ilha da Madeira teria sido descoberta respectivamente no ano de 1419 ou de 1420, devendo no entretanto notar-se que a opinião mais seguida é a primeira, dando deste modo as ilhas do Pôrto Santo e Madeira como descobertas em 1418 e 1419.
1418-Descobrimento da ilha do Pôrto Santo? Vid. Descobrimento do Arquipelago.
1419-Descobrimento da ilha da Madeira?
1430-Criação das freguesias de Camara de Lôbos e Calheta.
1433-D. Duarte faz doação do arquipelago da Madeira ao infante D. Henrique.
1433-D. Duarte faz doação deste arquipelago á Ordem de Cristo, quanto ao espiritual.
1440-Doação da capitania de Machico a Tristão Vaz.
1440-Criação das paroquias do Caniço e Ribeira Brava.
1445-0 navegador Luiz Cadamosto (V. este nome) visita a Madeira e Pôrto Santo.
1446-Doação da capitania do Pôrto Santo a Bartolomeu Perestrelo.
1449-Confirmação de D. Afonso V da doação feita por D. Duarte ao infante D. Henrique.
1450-Criação da freguesia de Machico.
1451-Doação da capitania do Funchal a João Gonçalves Zarco.
1451-O Funchal é elevado á categoria de vila.
1454-João Gonçalves faz doação duns terrenos em São Paulo, destinados á fundação do primeiro hospital.
1467-Morre no Funchal o primeiro capitão-donatario João Gonçalves Zarco.
1477-Criação da Alfandega do Funchal.
1493-Adoptam-se providencias muito importantes acêrca de aguas, madeiras, gados, cousas agricolas etc..
1497-D. Manuel I torna realengo e faz reverter para a coroa o arquipelago da Madeira.
1497-Fundação do convento de Santa Clara.
1501-Criação da vila da Ponta do Sol.
1501-Morre no Funchal o 2º. capitão-donatario João Gonçalves da Camara.
1502-Criação da Vila da Calheta.
1505-No convento de São Bernardino, da freguesia de Camara de Lobos, morre com fama de santidade Fr. Pedro da Guarda, conhecido pelo nome de Santo Servo de Deus.
1508-É a vila do Funchal elevada á categoria de cidade.
1508-Veio á Madeira exercer funções episcopais o bispo D. João Lobo, o primeiro prelado que esteve nesta ilha e que aqui se demorou aproximadamente dois anos.
1514 É criada a diocese do Funchal.
15l5- logar de Santa Cruz é elevado á categoria de vila.
1516-Sagração da Sé Catedral do Funchal.
1517-É criada a freguesia de S. Jorge.
1523-Voto feito pelo povo e pela Camara do Funchal a S. Tiago, que é escolhido para
(cid:1176) principal padroeiro
(cid:1177) da Madeira.
1526-Morre no continente o primeiro bispo do Funchal, D. Diogo Pinheiro.
1530-Morre em Matozinhos, proximo do Porto, o terceiro capitão-donatario do Funchal, Simão Gonçalves da Camara.
1533-Caso dos profetas Fernão Bravo e Filipa Nunes, na ilha do Porto Santo.
1533-É criado o arcebispado do Funchal.
1536-Morre no Funchal o 4º capitão-donatario João Gonçalves da Camara.
1540-Morre o capitão-donatario de Machico, Diogo Teixeira, revertendo a capitania para a coroa.
1550-Criação da freguesia do Faial.
1551-É extinto o arcebispado do Funchal e acrescenta-se o arquipelago de Arguim á jurisdição desta diocese.
1552-Criação da freguesia de Sant'Ana.
1553-Criação da freguesia do Seixal.
1557-Criação das freguesias da Sé e Santa Maria Maior.
1558-Criação da freguesia de Gaula.
1560-Criação da freguesia de Agua de Pena.
1561-Criação da freguesia do Caniçal.
1565-Criação das freguesias do Monte e S. Gonçalo.
1566-Terrivel saque dos corsarios franceses á cidade do Funchal.
1566-Fundação do Seminario do Funchal.
1566-Criação da freguesia de S. Pedro.
1568-Criação da freguesia da Tabua.
1569-Morreu em Lamego o distinto madeirense e ilustre prelado D. Manuel de Noronha, filho do 3
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. capitão-donatario do Funchal, Simão Gonçalves da Camara, o Magnifico.
1570-Estabelecem-se os jesuítas na Madeira.
1571-Criação da freguesia da Fajã da Ovelha.
1572-Criação da freguesia do Arco da Calheta.
1575-Morre o ilustre madeirense, padre Luiz Gonçalves da Camara, celebre aio do rei D. Sebastião.
Criação das freguesias dos Canhas e Pôrto da Cruz.
É extinta a freguesia de S. Pedro e novamente restaurada em 1587.
Criação das freguesias de S. Roque e S. Martinho.
Morrem o 5º. e 6º. capitãis-donatarios do Funchal, Simão Gonçalves da Camara e João Gonçalves da Camara.
Começa a Madeira a ser governada por governadores gerais, sendo o primeiro o desembargador João Leitão, como representante do govêrno filipino.
É criada a paroquia da Madalena do Mar.
Morreu em Evora o abalizado gramatico e distinto madeirense padre Manuel Alvares.
O distinto madeirense D. Sebastião de Morais, que foi o primeiro bispo do Japão, morreu em Moçambique, quando ia a caminho do seu bispado.
Escreve o dr. Gaspar Frutuoso a afamada obra Saudades da Terra, morrendo no ano seguinte na ilha de S. Miguel.
Dá-se nesta ilha o fenomeno de incandescencia atmosferica, que ficou conhecido pelo nome de fogo do céu, que queimou tôda a vegetação, chegando até a incendiar algumas casas.
Morreu o ilustre madeirense e abalizado jurisconsulto dr. Antonio da Gama Pereira.
Morre no Funchal e jaz sepultado na Sé Catedral, o bispo diocesano D. Luiz Figueiredo de Lemos.
Morreu o governador e capitão general da Madeira D. Francisco Henriques, sendo sepultado na igreja do Colegio.
Morreu o governador e capitão general deste arquipelago, Fernão de Saldanha.
É proclamada na Madeira a restauração de Portugal, com a aclamação de D. João IV.
Fundação do convento da Incarnação, pelo conego Henrique Calaça de Viveiros.
Começa a Madeira a ter representação nas antigas côrtes gerais.
É fundado o Recolhimento do Bom Jesus, pelo arcediago Simão Gonçalves Cidrão.
Doação do arquipelago da Madeira, feita por D. João IV a sua filha a infanta D. Catarina.
Morre Manuel Tomaz, o autor do poema a Insulana.
Grande sedição popular no Funchal, que depôs o governador e capitão-general Francisco de Mascarenhas e praticou outras violencias.
Morreu no Funchal o bispo diocesano D. Gabriel de Almeida, que foi sepultado na Sé Catedral.
Foram criadas as paroquias do Arco de S. Jorge, Camacha, Santa Luzia, Serra de Agua e Paul do Mar.
Morreu e jaz sepultado na cidade de Olinda, no Brasil, o ilustre madeirense João Fernandes Vieira, o restaurador de Pernambuco.
Morreu nesta cidade o prelado diocesano D. Antonio Teles da Silva, sendo sepultado na Sé Catedral.
Dois navios corsarios dão um saque na ilha do Pôrto Santo e incendeiam a igreja e outros edificios.
Morreu o distinto madeirense, conego Antonio Veloso de Lira.
Grande incendio na fortaleza de São Lourenço, destruindo as moradas dos governadores e capitãis-generais do arquipelago.
Morreu no Funchal o governador e capitão-general do arquipelago, João da Costa de Ataíde e Azevedo.
É a ilha do Pôrto Santo saqueada por piratas franceses.
Houve uma grande aluvião, que causou consideraveis prejuizos.
Morre o distinto poeta madeirense Troilo de Vasconcelos da Cunha.
Morre o escritor madeirense e distinto genealogista, Henrique Henriques de Noronha.
Criados os curatos da Boaventura, Ribeira da Janela e Prazeres.
Criado o curato do Jardim do Mar.
Criada a vila de São Vicente.
1748 - Violento abalo de terra, que causou bastantes estragos e algumas vitimas. 1753 - Morre no Funchal o bispo diocesano D. João do Nascimento. 1755 - O dr. Julião Fernandes da Silva escreve o curioso e interessante livro intitulado Carta critica sobre o methodo curativo dos medicos funchalenses. 1756 - É decretada a construçõo dum pôrto de abrigo no Funchal. 1760 - Os jesuítas são expulsos da Madeira. 1765 - Houve uma grande aluvião, causando enormes prejuízos. 1767 - Reforma judicial, que definitivamente estabelece na Madeira um corregedor e um juiz de fora. 1770 - Celebre alvará regio adoptando importantes providencias acêrca da ilha do Pôrto Santo, e que ficou conhecido pelo nome de lei dos Quintos e Oitavos. 1772 - São criadas na Madeira diversas escolas de instrução primaria, três aulas de latim, uma de filosofia e uma de retorica. 1775 - É criada a Junta da Fazenda deste arquipelago. 1777 - O ilustre governador da Madeira João Antonio de Sá Pereira sai desta ilha, chamado pelo govêrno da metropole, a justificar-se das acusações que lhe foram feitas. 1784 - Morre nesta cidade o bispo diocesano D. Gaspar Afonso da Costa Brandão. 1786 - Grandes chuvas e um violento vendaval, que causou muitos prejuízos. 1787 - O colegio e igreja dos jesuítas são cedidos ao bispo diocesano para a instalação do Seminario. 1790 - É criada a freguesia do Curral das Freiras. 1792 - Acontecimentos graves determinados pela perseguição do governador e bispo diocesano aos membros das lojas maçonicas. 1798 - É definitivamente criado o correio na Madeira. 1798 - Morre no Funchal o ilustre governador e capitão general deste arquipelago, D. Diogo Pereira Forjaz Coutinho. 1801 - É a Madeira ocupada por tropas inglêsas. 1803 - Grande aluvião que produziu os maiores estragos e vitimou algumas centenas de pessoas. 1806 - Morreu em Lisboa o poeta madeirense Francisco Alvares de Nobrega, conhecido pela autonomásia de Camões Pequeno. 1807 - Morre no Funchal o brigadeiro Reinaldo Oudinot, que dirigiu o encanamento das ribeiras do Funchal e construção das respectivas muralhas, depois da grande aluvião de 1803. 1807 - Tropas inglêsas ocupam pela segunda vez a Madeira. 1810 - Morreu no Funchal o bispo diocesano D. Luiz Rodrigues de Vilares. 1810 - É criada a Junta de Melhoramentos da agricultura da Madeira e Porto Santo. 1814 - Morreu no Funchal o governador e capitão general da Madeira, Luiz Baltrão de Gouveia e Almeida. 1815 - Passa Napoleão na Madeira. 1815 - Grande aluvião que causou grandes prejuízos. 1821 - É proclamada a Constituïção na Madeira. 1821 - Sai o Patriota Funchalense, o primeiro jornal que se publicou na Madeira. 1822 - É lançada com grande solenidade a primeira pedra dum monumento destinado a perpetuar a memoria da proclamação da Constituição na Madeira. 1823 - Veio uma alçada a esta ilha, composta de seis juízes, com o fim de julgar e punir os que se tivessem mostrado desafectos ao govêrno absoluto. 1828 - Vieram dois desembargadores proceder a uma rigorosa devassa acêrca de acontecimentos politicos, sendo pronunciados mais de duzentos individuos, a maior parte dos quais foi condenada a diversas penas, principalmente de degrêdo para as provincias ultramarinas. 1828 - A esquadra miguelista bombardeia a vila de Machico e efectua-se ali um desembarque de tropas, tomando estas o caminho da cidade, que ocuparam, proclamando-se em seguida o govêrno absoluto. 1829 - Morreu em Lisboa o distinto madeirense dr. João Francisco de Oliveira. 1832 - Tropas constitucionais vindas dos Açores e comandadas por Luiz Mousinho, ocupam a ilha do Pôrto Santo.
1865-Morre em Coimbra o distinto lente da Universidade e ilustre madeirense, dr. Justino Antonio de Freitas.
1866-Morre no Funchal o distinto madeirense e abalizado professor, Marceliano Ribeiro de Mendonça.
1868-Deram-se graves acontecimentos na praia desta cidade, havendo mortos e feridos em que o povo obstou ao desembarque do distinto madeirense Jacinto de Sant'Ana e Vasconcelos, que vinha a esta ilha tratar da sua candidatura a deputado.
1869-Chega pela primeira vez a esta ilha o ilustre romancista Julio Deniz, que escreveu o seu primoroso livro Os Fidalgos da Casa Mourisca.
1870-Morreu o abalizado medico e distinto madeirense dr. Antonio da Luz Pita.
1870-Graves acontecimentos em Machico ocorridos por ocasião das eleições, caindo mortos alguns populares pelas balas da força armada, que se viu coagida a usar da violencia.
1872-Grande epidemia de variola, que dizimou cêrca de mil individuos.
1873-É organizada a Companhia Fabril de Açucar Madeirense, que fêz construir a grande fabrica de S. João.
1873-Publicação da parte da afamada obrado dr. Gaspar Frutuoso, que se ocupa da Madeira, intitulada Saudades da Terra, pelo ilustre professor e advogado dr. Alvaro Rodrigues de Azevedo e que ele enriqueceu com largas e eruditas anotações.
1874-Fica a Madeira ligada ao continente por um cabo submarino.
1874-Em Angra do Heroismo faleceu o ilustre madeirense dr. Nicolau Anastacio de Betencourt.
1875-São criadas as comarcas de Santa Cruz, Ponta do Sol e S. Vicente.
1875-Fundou-se nesta cidade o Banco Comercial da Madeira.
1876-Grandes temporais, que arremessam alguns navios á praia do Funchal.
1876-Sai o Diario de Noticias, o primeiro jornal diario que se publicou entre nós.
1876-Morre no Funchal o distinto poeta e ilustre madeirense José Antonio Monteiro Teixeira.
1877-Criação do curso de preparatorios no Seminario do Funchal e poucos anos depois a instalação dum museu regional de produtos de historia natural.
1878-Começa uma larga emigração para as ilhas de Sandwich.
1879-É proibida a circulação da moeda estrangeira na Madeira, que antes tinha livre curso.
1880-Morre em Lisboa o ilustre madeirense D. Aires de Ornelas de Vasconcelos, arcebispo de Goa.
1884-Graves acontecimentos na freguesia da Ribeira Brava, por ocasião da eleição de deputados, morrendo varios populares.
1887 Graves perturbações da ordem em muitas freguesias da Madeira, com o fim de obstar a instalação das Juntas de Paroquia, movimento popular que teve consequencias muito funestas e que ficou conhecido entre o povo pelo nome de Parreca.
1888-Inauguração do Corpo de Bombeiros Voluntarios do Funchal.
1888-É inaugurado o teatro “Manuel de Arriaga“, que teve primitivamente o nome de D. Maria Pia.
1889-É instalado o Pôsto Medico Municipal.
1889-É criada a Escola Industrial do Funchal.
1889-É fundada a Associação Protectora dos Pobres, conhecida pelo nome de Sopa Economica, devido á iniciativa do governador D. João de Alarcão.
1890-Comete-se no Funchal o assassinato do menor Francisco José de Ornelas, que muito emocionou a população madeirense.
1892-Manifestou-se a raiva, sendo varias pessoas atacadas e tendo algumas sucumbido á terrivel doença.
1892-Construção do cais da Entrada da Cidade, cujos trabalhos tinham começado em 1889.
1893-Inauguração do primeiro trôço do Caminho de Ferro do Monte.
1897-Inauguração da luz electrica no Funchal.
1897-São dadas por concluidas as obras de reconstrução e ampliação do molhe da Pontinha, cujos trabalhos primitivos tinham começado em 1886.
1899-Morre em Lisboa o nosso distinto patricio dr. Luiz da Camara Pestana.
1900-É criada a Escola de habilitação para o magisterio primario.
1901-É concedida a autonomia administrativa a este distrito, cujas faculdades e atribuições residem numa corporação de eleição popular, que tem o nome de Junta Geral.
1901-Os reis de Portugal D. Carlos e D. Maria Amelia, visitam esta ilha.
1902-Morreu no Funchal o ilustre madeirense conde de Canavial.
1902-É criado o Auxilio Maternal.
1905-É lançada com grande solenidade a primeira pedra do edificio do Sanatorio dos Marmeleiros, em virtude da concessão anteriormente feita pelo govêrno português ao principe Frederico Hohenloe.
1906-É fundado o Monte Pio Madeirense.
1906-Inicia-se o funcionamento do Manicomio Camara Pestana.
1906-Um grupo de populares ataca o edificio do Lazareto, onde estavam em tratamento muitos individuos atacados da epidemia da peste, que grassava na Madeira, destruindo as instalações e pondo em liberdade os doentes, que ali tinham dado entrada, coagidos pela fôrça imperiosa das circunstancias ocorrentes.
1907-Faleceu em Lisboa o ilustre madeirense José Vicente Barbosa du Bocage, sabio zoologo e distinto estadista.
1908-A bela igreja da freguesia da Ponta Delgada é destruida por um incendio.
1908-A Camara Municipal do Funchal é autorizada a contrair um emprestimo exclusivamente destinado á canalização de esgotos e abastecimento de aguas potaveis.
1910-No fim deste ano manifesta-se a colera nesta cidade, que se alastrou por quasi tôda a ilha e que causou cêrca de 550 vitimas, tendo por esse motivo mandado o govêrno central á Madeira o dr. Alfredo de Magalhãis, como alto comissario da Republica, e o dr. Carlos França, como chefe de todos os serviços clinicos e de higiene.
1911-Morre no Funchal o ilustre prelado diocesano D. Manuel Agostinho Barreto.
1911-É estabelecida a rede telefonica no Funchal.
1911-É criada a Junta Agricola da Madeira, que foi extinta em 1919.
1913-É criada a Junta Autonoma das Obras do Pôrto do Funchal.
1914-É criado o concelho da Ribeira Brava.
1916-Inauguração da Estrada do Funchal á Encumeada de S. Vicente.
1916-Bombardeamento da cidade do Funchal por um submarino alemão, e que se repetiu no ano imediato.
1917-Morre em Lisboa o ilustre madeirense Jaime Constantino de Freitas Moniz.
1921-É publicado o primeiro volume do Elucidario Madeirense.
1922-Realizaram-se grandes festejos e um imponente cortejo historico comemorativo do Quincentenario do descobrimento do arquipelago da Madeira.
1922-De regresso da sua viagem ao Brasil passa no Funchal o Presidente da Republica dr. Antonio José de Almeida.
1925-Os drs. Antonio Oliveira Salazar e Mario de Figueiredo estiveram no Funchal e proferiram algumas conferencias nas salas da Associação Catolica.
1929-Uma grande enchente no sitio do Estreito da Vargem, freguesia de São Vicente, causou a morte a 32 pessoas.
1930-O hospital da Santa Casa da Misericordia é instalado no sanatorio dos Marmeleiros na freguesia do Monte.
1930-Uma enorme “quebrada“ na foz da Ribeira do Vigario, freguesia de Camara de Lobos, arrastou para o mar, no refluxo da corrente, 20 pessoas que ali perderam a vida.
1931-É criado o Arquivo Distrital do Funchal.
1931-Sublevação militar, que foi sufocada por fôrças terrestre e maritima vindas do continente e que ficou conhecida pelo nome de Revolução da Madeira.
1933-Inauguração do prolongamento do cais da Entrada da Cidade.
1936-Graves alterações da ordem publica em varias freguesias por causa da criação da Junta dos Lacticinios e dos serviços que lhe estavam anexos, tendo vindo dois navios de guerra e contingentes de tropas para sufocarem esse movimento revoltoso.
1938-O general Antonio Oscar Carmona, presidente da Republica, chega à Madeira, sendo entusiasticamente recebido.
1939-Inauguração da Avenida do Mar.
Deado. O cargo de Deão da Sé do Funchal foi criado pela propria bula pontificia que instituiu a diocese, fazendo-se nela expressa menção do sacerdote que deveria exercer essas funções. Nuno Cão (V. este nome), que a Ordem de Cristo mandou á Madeira com faculdades especiais, foi o primeiro pároco da Sé, ao ser criada esta freguesia, e também o primeiro deão, cargos que nos primeiros tempos eram cumulativamente exercidos pelo mesmo individuo. A Nuno Cão sucedeu Filipe Rebelo, e por morte deste foi o logar de deão separado do de pároco, sendo então criados dois curatos exclusivamente destinados ao serviço paroquial. Os ultimos eclesiasticos que ocuparam o deado da Sé do Funchal foram Antonio Joaquim Gonçalves de Andrade, Aires de Ornelas de Vasconcelos e João Joaquim Pinto (V. estes nomes). Até a implantação da Republica, para ser provido neste logar, tornava-se mister a formatura em direito ou teologia. Acerca do deado da Sé do Funchal e dos sacerdotes que exerceram este elevado cargo eclesiastico, leia-se a serie de artigos publicada em "0 Jornal" nos meses de Dezembro de 1935 e Janeiro de 1936.